As diferentes eras do marketing são consequência direta da evolução acelerada da sociedade.

Na questão de mídias, por exemplo, as coisas não mudaram muito e, por mais que os canais tenham mudado, as mídias são praticamente as mesmas.

Porém, a forma de criar estratégias e analisar resultados se alterou completamente ao longo dos anos e uma grande facilitadora dessas mudanças foi a internet.

É como se estivéssemos conectados a ela a vida toda, porém, tem pouco mais de 50 anos que contamos com as facilidades desse recurso.

Ao longo das últimas décadas, alguns profissionais famosos da área conseguiram avaliar e analisar a forma com que os objetivos e métodos de trabalho se alteraram no marketing.

É o caso do mundialmente conhecido Philip Kotler, consultor, analista e autor de conceitos clássicos do marketing, como os 4 p’s do marketing.

Ainda hoje seus feitos se mantêm relevantes e atuais, como o caso da sua visão sobre as 4 eras do marketing.

E é sobre isso que veremos agora, quais são as 4 eras do marketing e como se refletem na atualidade.

Marketing 1.0:  

Essa era é totalmente marcada por empresas com foco quase total na produção massificada de produtos.

A ideia não era entregar opções e variedades que atendessem diversos clientes, mas sim, conseguir produzir e vender o máximo possível.

Por exemplo, Henry Ford, por volta de 1915, decidiu que todos os carros produzidos pela Ford seriam pretos.

O que pode não parecer uma boa ideia, mas aumentou a velocidade de produção e diminuiu significativamente o custo de produção dos veículos.

O mercado, por si só, era ‘escasso’ em variedades e o consumidor tinha de comprar aquilo que lhe era oferecido.

Isso perdurou até 1925. A partir daí, começam a surgir novas opções no mercado e lentamente o marketing começa a se centrar cada vez mais no consumidor.

Agora, não bastava apenas produzir de forma barata e com qualidade, era necessário atender as necessidades dos compradores.

Marketing 2.0: 

De 1970 a 1990, o foco do marketing se tornou a necessidade do cliente.

Nessa era, os consumidores estão mais atentos e informados que na era anterior e, com o surgimento de empresas com muitos produtos semelhantes, as coisas começam a mudar.

Agora, o consumidor não era obrigado a comprar apenas aquilo que o mercado oferecia, ele tinha a oportunidade de escolher o produto que mais lhe interessava.

O resultado? As empresas passaram a produzir diversas linhas de produtos, que se diferenciavam entre si em: formato, tamanho, cor, forma de uso e etc…

Duas frases podem resumir o espírito das empresas nessa era:

Marketing 3.0:

O interessante é que o desenvolvimento do marketing tem uma relação muito íntima com a história da sociedade em si, por isso, hoje podemos ver reflexos do passado.

Na era 3.0 do marketing, a palavra-chave para vender se tornou “Posicionamento”.

Na década de 90, as empresas tinham que enxergar seus compradores como seres humanos “reais”, como um indivíduo com seus gostos pessoais, necessidades e cultura.

Kotler foi responsável pelos “Três pilares dos Valores”, que guiaram as empresas da época. São eles: a espiritualidade, a cultura e a colaboração.

Foi então que surgiu o tão famoso conceito de Público Alvo.

A ideia de aderir valores aos produtos era algo subjetivo, e se tornou um verdadeiro desafio para as empresas da época.

A solução foi criar produtos focados em grupos de pessoas que partilhavam dos mesmos valores.

Isso mudou totalmente a forma de desenvolver produtos. Agora, a lei era:

Pouco a pouco, o mercado se dividia em um gráfico de pizza, onde cada fatia representava um grupo de consumidores e, conforme o tempo, as fatias diminuíram muito.

Antes definiram “Mercado alvo”, uma forma de focar em um grande mercado que incluía um grande grupo de indivíduos.

Com o tempo, as empresas entenderam a ideia de “Segmento de mercado” e, a partir daí, surgiram os nichos de mercado.

 Marketing 4.0:

Se você quer aprofundar-se nessa era, o livro de Kotler “Marketing 4.0” é muito famoso no mundo do marketing e trata exclusivamente desse assunto.

A era 4.0 do marketing ocorreu por volta de 2017 e, a capa do livro citado, traz uma frase que resume todo esse conceito.

Nela temos a frase: “Mudando do tradicional para o digital”, o que marca oficialmente a importância da internet e a relevância do marketing digital.

É a era do “Marketing de Relacionamento”, e trata sobre como as empresas podem e devem adaptar os conceitos de comunicação e valores ao mundo digital.

A peça chave aqui é a internet e a ideia de que o consumidor é o verdadeiro chefe do negócio, e tudo tem que ser feito pensando nele.

Faz sentido, pois, hoje sabemos que para uma marca se manter relevante e lucrativa por anos e anos, é necessário que ela saiba se posicionar bem na internet.

Dessa forma, ela pode compreender melhor as necessidades do seu cliente, a jornada do consumidor e como gerar mais valor para os compradores.

O efeito de empresas surgindo e gerando concorrência ainda é extremamente palpável e fácil de enxergar no nosso dia a dia.

Por isso, o marketing de relacionamento é indispensável para fidelizar clientes e, assim, não ser trocado tão facilmente por qualquer outra empresa que forneça algo parecido.

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